segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

gabriel


nunca pensei voltar a escrever um texto para ti, mas as coisas mudam as pessoas, e as pessoas mudam as coisas. sim, parece tudo um bocado confuso, mas se pensarmos bem, até faz algum sentido.
nos últimos meses tenho deixado fugir muitos daqueles a quem eu chamava de melhores amigos, porque fazem parte de um passado "sujo", um passado que prefiro nem me lembrar. tenho pensado muito nisto nos últimos tempos, e acho que não posso deixar todo o meu passado, por mais que queira. a ti eu não te posso deixar, no meio de tudo aquilo, daquele mundo à parte em que eu fazia questão de viver, vivias tu também, e disso eu não me posso esquecer, posso deixar bastantes coisas, mas a ti não, destacavas-te. estavas lá não só para alimentar os meus desejos de adolescente mimada e irresponsável, mas como também para me apoiar quando precisava, para não deixar que nada de mal me acontecesse. durante um logo espaço de tempo, senti-me verdadeiramente segura, ali contigo. muitos dos momentos que vivemos juntos, hoje já não fazem qualquer sentido, seguimos caminhos diferentes, caminhos que eu pensava impossíveis de se voltarem a cruzar. afinal estava enganada, continuas presente na minha vida e em tudo o que é meu, mesmo que tenhas seguido o teu caminho longe de mim, afinal ainda existe um NÓS, bem lá no fundo.
sei que ainda posso contar contigo para tudo o que antes contava, sei que nunca vais deixar de ser o que eras comigo, por mais que o tempo passe, e se queres saber, sinto-me feliz por ainda saber tudo isto

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